Como melhorar a comunicação nos relacionamentos? Este é um desafio para todos nós, mas que é possível superar mudando pequenos comportamentos.
A comunicação interpessoal é o processo de comunicação que envolve uma ou mais pessoas com o objetivo de transmitir uma mensagem, informação, esclarecer, ensinar ou influenciar. A comunicação interpessoal é a base dos relacionamentos pessoais e também é umas das principais fontes de ruídos, conflitos e desentendimentos. Cuidar da maneira como expressamos nossas ideias ao outro é cuidar também da maneira como as coisas acontecem na nossa vida.
Muitas crises e problemas que enfrentamos diariamente na nossa vida profissional e, principalmente, pessoal são gerados pela maneira como nos comunicamos com o outro. O outro tem papel fundamental na comunicação. Mas entendemos o outro do nosso jeito, imaginamos o outro como a gente quer e não como ele realmente é.
Para ajudar você a ser mais assertivo e melhorar a comunicação nos relacionamentos, separamos 4 erros comuns que cometemos constantemente e que atrapalham a comunicação nos relacionamentos. Veja se você se identifica.
1- Dificuldade de ouvir
Não sabemos ouvir com atenção. Iniciamos uma conversa ouvindo para rebater e não para entender. Isso dificulta o nosso poder de fazer uma análise clara sobre a situação e de escolher a melhor resposta ou a melhor maneira de responder o que o outro está expondo, pedindo ou cobrando. A capacidade da escuta é uma habilidade fundamental para um bom comunicador e ela pode ser treinada, através da consciência e do autogerenciamento.
2- O papel de vítima
Adotamos comportamento passivo em algumas situações para ocupar o papel de vítima do outro e diminuir o peso da responsabilidade. Quando estamos inseridos na qualidade de “vítimas” de algo ou alguém, não necessariamente sentimos que temos o poder de agir sobre isso. Acabamos terceirizando a resolução do problema e esperamos muito mais do outro, o que nos coloca constantemente em um lugar de frustração e decepção.
3- O papel de opressor
Levando em conta fatores como temperamento, personalidade e bagagem emocional, adotamos o comportamento agressor em algumas situações para intimidar e convencer o outro dos nossos desejos e vontades. Este também é um sinal claro da falta de autoconhecimento e capacidade de autocontrole. Os opressores, num geral, conseguem o que querem, mas também disseminam medo e desconfiança e a comunicação também não é efetiva porque não existe um acordo real ou um comprometimento, mas sim a obediência.
4- A guerra fria dentro de casa
Instauramos situações de disputa dentro dos relacionamentos, dedicando nossas energias para “estarmos certos” e não para resolvermos os problemas. A necessidade de ter razão é um comportamento que pode distorcer muito a realidade e a capacidade de gerenciamento das situações. Ficamos presos no próprio orgulho, postergando problemas e condições que fazem mal para as nossas saúdes mental e física.
Comunicação interpessoal: gestão humanizada alcança melhores resultados
Mas então, como controlar esses comportamentos e melhorar a nossa capacidade de comunicação dentro dos nossos relacionamentos? Marshall Rosenberg propõe a Comunicação Não-Violenta (CNV) como uma técnica eficaz de evolução do nosso estilo de comunicação interpessoal. A CNV conta com quatro pilares principais:
- observar as ações concretas e reais que estão afetando seu bem estar
- ser honesto quanto às suas necessidades
- expressar claramente como você se sente
- pedir com clareza e objetividade o que precisa
Neste contexto, podemos substituir uma linguagem que implique a falta de escolha para uma que reconheça a possibilidade de escolha. Incentivamos que a comunicação seja uma poderosa ferramenta de entendimento e fortalecimento do amor e do desenvolvimento pessoal. Comunicar-se de maneira honesta, coerente e empática é a maior manifestação do amor. Feliz Dia dos Namorados!
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